domingo, 13 de fevereiro de 2011

Formação Continuada

A formação continuada do professor, por sua vez, na perspectiva histórico-social toma como base a prática pedagógica e situa como finalidade dessa prática levar os alunos a dominarem os conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade. Para conseguir que os alunos se apropriem do saber escolar de modo a se tornarem autônomos e críticos, o professor precisa estar, ele próprio, apropriando-se desse saber e tornando-se cada vez mais autônomo e crítico.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Vamos socializar nossas experiências sobre a adaptação?

Professoras,
Que tal socializarmos como foi e está sendo a adaptação do seu grupo? Qual é o seu papel nesta etapa? Que estratégias você utiliza? A família participa deste processo?
Enviem seus textos para meu e-mail: costasaionara@gmail.com. Proponho-me a publicar e convido-as a transformar em artigos, poster, etc.
O que pensam sobre isto?
Aguardo!

PERÍODO DA ADAPTAÇÃO

O período de adaptação na escola é uma etapa bastante delicada pela qual pais e crianças passam.
Para tentar entender e tranqüilizar a todos a respeito dessa fase vamos discorrer sobre algumas situações.
Tente imaginar, você adulto, ao enfrentar o primeiro dia em um novo trabalho ou ainda sozinho em uma festa, onde todos são seus desconhecidos. Sensação ruim essa, não é? Pois é. A adaptação da criança na escola pode demorar de um dia a meses dependendo da idade e do tipo de relação que tem com as pessoas mais queridas.
No berçário, até uns cinco ou seis meses de idade costumamos dizer que a adaptação é mais dos pais, que não sem razão, ficam apreensivos em ter que delegar os cuidados que até então eram feitos só por eles a outras pessoas. Até essa idade, apesar de poder estranhar um pouco a nova rotina o bebê, via de regra, ainda não estranha pessoas e essa transição costuma ser muito tranqüila.
Dos seis ou sete meses até quase três anos de idade é a idade mais trabalhosa, pois a criança já estranha e não consegue elaborar um raciocínio para compreender o que significa a escola, o que está fazendo lá e principalmente que os pais continuam a existir mesmo quando não estão diante de sua vista. Por isso é preciso ter muita tranqüilidade, paciência e principalmente confiança na sua escolha.
É importante que a mãe, o pai, avós ou alguém com quem a criança tem um vínculo afetivo forte a acompanhe nos primeiros dias. Essa pessoa deve ficar em algum espaço que a escola tenha reservado para isso enquanto que a criança reúne-se com a professora e os novos amiguinhos. Sempre que a ansiedade, insegurança ou choro resolverem aparecer, a criança vai ao aconchego desta pessoa para que saiba que tem um respaldo e que não foi abandonada. É imprescindível que os pais permitam essa aproximação, pois ela precisa formar vínculos com a professora e os novos amigos. Se os pais ficam dentro da sala de aula é claro que a criança vai ficar o tempo todo debaixo da proteção e não conseguirá estabelecer um relacionamento.
Aos poucos ela vai percebendo como é gostosa essa nova vida e entendendo o que significa a escola, aonde ela vai se socializar, desenvolver a coordenação, aprender a lidar com tempo, espaço, lateralidade, percepção, desenvolver a linguagem, pensamento lógico, aprender músicas, fazer artes plásticas, além de outras artes, lidar com a diversidade e elevar sua auto-estima além de muitos outros aspectos. É claro que ela não quer nem saber que está desenvolvendo tudo isso, pra ela é pura brincadeira e é isso o mais divertido, desenvolver todos esses aspectos de forma lúdica e saudável.
A partir dos quatro anos a adaptação costuma ser bem mais tranqüila, pois a criança já verbaliza bem e compreende o que está acontecendo. Neste caso um ou dois dias já costumam ser suficientes para que a criança se integre.
É comum neste início que a criança fique ansiosa, proteste para evitar enfrentar essa situação. Afinal a casa dela é um espaço onde já domina tudo e todos. Conhece tudo e sabe como conseguir as coisas com cada adulto que ela convive desde que nasceu. A escola irá lhe parecer em um primeiro momento um desafio que ela não está com vontade de enfrentar, o receio do novo. Por mais que os pais estejam apreensivos é importante procurar não passar essa preocupação à criança, mas sim ressaltar os pontos positivos, falando bem da escola, das novidades, dos amigos e brincadeiras. Os pais devem ainda tentar evitar de falar sobre as preocupações na frente da criança o que a deixará mais apreensiva. Dorzinhas de barriga, sono, manhas são esperadas nesse contexto.
Um aspecto difícil é muitas vezes o sentimento de culpa que passa pela cabeça dos pais de não poderem estar o tempo todo com seu filho, principalmente para as crianças que ficam período integral. Não há porque se sentirem assim, pois as crianças crescem, amadurecem e precisam de novas experiências com outros da mesma idade. Não é necessário se preocuparem, pois essa experiência, por mais longa e cheia de lágrimas dos dois lados, que seja, não traumatiza. Todos superam e certamente no futuro nem se lembrem desses primeiros dias na escola.
Essa fase pode parecer dolorosa, mas aos poucos, pais e criança começam a confiar na escolha que fizeram e a lidar com mais tranqüilidade e prazer com essa etapa que é fundamental na construção da personalidade da criança.
Karen Kaufmann SacchettoPedagoga e diretora da escola São Gabriel - São Paulo - SP

Disponível em: http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/adaptacao_na_escola.htm